Aproveitar esta época para fazermos uma revisão do ano que termina e planearmos o novo ano é uma boa ideia, que até pode ser feita em qualquer outro momento; o ideal seria reservar umas horas ou mesmo uns dias para tal. Mas seria possível alcançarmos todos os objetivos a que nos propomos para 2020 e, mesmo assim, sentirmo-nos infelizes?
Eis uma receita para sermos infelizes, mesmo que alcancemos os objetivos mais incríveis:
Não saber a que nos dedicar (isto é, não conhecer os nossos talentos e o nosso propósito de vida) ou, sabendo-o, não nos dedicarmos a isso.
Estabelecer objetivos que não estejam de acordo com os nossos valores.
Fixar os objetivos de acordo com o que os outros querem para nós.
Sobrestimar o que conseguimos alcançar num só ano e subestimar o que podemos alcançar em 5 ou 10 anos.
Não estabelecer prioridades corretamente no dia a dia e, portanto, não utilizar o nosso tempo de forma a sermos mais felizes e darmos felicidade aos que partilham a vida connosco, seja em casa, no trabalho ou em qualquer outro âmbito.
Não ter um plano de formação pessoal, elaborado por nós, que nos ajude a ser, fazer e ter o que verdadeiramente querermos – num mundo em que nunca houve tantas oportunidades de aprender e a tão baixo custo, nada nos impede de sermos os nossos próprios ministros da educação!
Não colocar em prática uma série de hábitos bons e simples que nos deixem cheios de energia nas quatro áreas fundamentais da vida: mental, física, emocional e espiritual.
Não cuidar das nossas finanças pessoais/familiares, não tendo um orçamento, nem um balanço e um controle de receitas e despesas – o que podemos aprender com relativa facilidade e colocar em prática com um pouco de tempo por semana.
E a receita para sermos felizes, mesmo que não alcancemos os objetivos?
O maior prémio já o recebemos – o dom de estarmos vivos! O segundo maior prémio é aproveitarmos da melhor forma possível o dom da vida, percorrendo um caminho que nos realize, mesmo que não alcancemos tudo o que gostaríamos. Quando somos autênticos e felizes, o próprio caminho já é a recompensa.
Deste modo, a receita para sermos felizes mesmo que não cumpramos todos os nossos objetivos, pode passar por:
Conhecer os nossos talentos e colocá-los a render, conhecer o nosso propósito de vida e dedicarmo-nos a ele;
Reconhecer os nossos valores e estabelecer os objetivos em conformidade.
Aprender a definir objetivos desafiantes, exequíveis e significativos.
Saber planear para um ano mas também a longo prazo.
Gerir as prioridades corretamente no dia a dia e valorizar o nosso tempo e o dos que nos rodeiam.
Estabelecer um plano de formação pessoal para podermos ser, fazer e ter o que verdadeiramente queremos e nos faz felizes.
Adotar hábitos simples em quatro áreas fundamentais – mental, física, emocional e espiritual – que tornem os nossos dias cheios de vida e energia.
Seguir um orçamento, ter um balanço e um controle de receitas e despesas.
E mais uma boa notícia para terminar: todos os passos desta receita podem ser aprendidos! Vamos a isso?
Autor: Paulo Castanheira, Especialista de Desenvolvimento Pessoal e Profissional